29 de outubro de 2012

Paul Krugman: My Book is Asimov's Foundation Trilogy.

Há uma frase do economista Paul Krugman sobre The Lord of the Rings de Tolkien e Atlas Shrugged de Ayn Rand the se tornou - nas palavras do próprio - num meme na Internet, sendo frequentemente citada para atacar a filosofia objectivista da autora russo-americana. Considerações à parte sobre o Objectivismo ou a influência de Tolkien ou Rand na vida de um jovem, não deixa de ser surpreendente (para mim) ver Krugman a destacar a trilogia Foundation, de Isaac Asimov, como uma das suas principais referências literárias. A Folio Society lançou uma (magnífica) edição especial ilustrada da trilogia premiada de Asimov que conta com o prefácio do economista, onde se pode ler:

Maybe the first thing to say about ‘Foundation’ is that it’s not exactly science fiction — not really. Yes, it’s set in the future, there’s interstellar travel, people shoot each other with blasters instead of pistols and so on. But these are superficial details, playing a fairly minor part in the story. The‘Foundation’ novels are about society, not gadgets — and unlike, say, William Gibson’s cyberpunk novels, which are excellent in a very diferent way, they’re about societies that don’t seem much afected by technological progress. Asimov’s Galactic Empire sounds an awful lot like the Roman Empire. Trantor, the empire’s capital, comes across as a sort of hyper-version of Manhattan in the 1940s. The Foundation itself seems to recapitulate a fair bit of American history, passing through Boss Tweed politics and Robber Baron-style plutocracy; by the end of the trilogy it has evolved into something resembling mid-twentieth-century America — although Asimov makes it clear that this is by no means its final state.



2 comentários:

Rogério Ribeiro disse...

Mas que raio de mania de se fazer questão de recusar o rótulo de FC a partir do momento em que não se pode ignorar a qualidade da obra?! Chiça! ;)

Abraço,
Rogério

João Campos disse...

Olha, é engraçado dizeres isso - ainda esta madrugada (há que tornar as insónias produtivas) li um artigo que comparava "A Canticle for Leibowitz" do Miller Jr. com "The Road", de Cormac McCarthy, e nos comentários estava um debate interessante sobre esse tema - se o livro de McCarthy era ou não FC, e como alguns autores recusavam o rótulo (o caso, pelos vistos célebre, de Margaret Atwood, que disse escrever "ficção especulativa" e não FC - mesmo quando ganhou um Arthur C. Clarke Award -, e o de P.D. James, com "Children of Men" (com uma premissa que Brian Aldiss já tinha trabalhado décadas antes em "Greybeard"). Enfim, se entramos aí, acho que o debate vai ser longo.. :)

Abraço,
João