São ainda necessárias provas de que os videojogos já saíram da sua redoma geek adquiriram um estatuto comparável a qualquer outra forma de entretenimento? Basta acompanharmos a cobertura que a edição on-line da Forbes (sim, essa Forbes) tem dado à polémica em redor do jogo Mass Effect 3. Desde o início que a publicação tem acompanhado o caso, e, surpreendentemente (ou não), com artigos de qualidade muito superior a muitos da imprensa especializada. Este último, sobre o aproveitamento da controvérsia do final do jogo para gerar um belo spin de relações públicas, não só consegue ser claro e directo, como tem também um tom irónico que é raro ao jornalismo - e que só o torna melhor:
One can’t help but wonder if this was done on purpose, just to needle all those “entitled” fans out there clamoring for a new ending. Tout the perfect scores, and then spin all the bad press over the series finale by saying that the game has “provoked a bigger fan reaction than any other videogame’s conclusion in the medium’s history.”
Isto é puro génio de Relações Públicas. Ou então é simplesmente descaramento.
Pelo meio, os (ir)responsáveis da Electronic Arts/Bioware ainda conseguiram meter o autor George R. R. Martin ao barulho - é o vale-tudo. Naturalmente, os comentários estão à altura. Ora vejamos:
"And as far as entitlements go, how about entitled to acclaim when you rush a product to completion while taking an artistic risk? If George Martin rushed the book and had a quick ending (magic skull kills all Others but also everyone under 5 feet tall), the fan rage would be just as loud, Entertainment Weekly would say everyone was entitled, and PR would say “don’t miss the most controversial book of the year.”
Touché. No meio desta polémica toda, só é pena que a Electronic Arts e a Bioware continuem sem perceber o que está realmente em causa.
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