A criação da expressão "ciberespaço" (que apareceu pela primeira vez no conto Burning Chrome) seria mais do que suficiente tornar William Gibson numa referência, mas com a publicação de Neuromancer em 1984 o autor norte-americano conseguiu, de uma assentada, fundar o movimento cyberpunk, garantir um lugar entre os grandes nomes da ficção científica e tornar-se numa das maiores influências da ficção científica dos anos 80 a esta parte. Basta pensarmos no seguinte, a título de exemplo: The Matrix, provavelmente o mais influente filme de ficção científica desde Blade Runner, não seria possível sem Gibson e o seu Neuromancer. Mas a influência desta primeira parte da trilogia "Sprawl" (seguem-se as sequelas Count Zero e Mona Lisa Overdrive), vencedora dos prémios Hugo, Nébula e Philip K. Dick, não se resume à literatura e ao cinema: também na música a influência foi e é sentida.
Gibson também se aventurou no steampunk com Bruce Sterling, com quem escreveu The Difference Engine, uma obra de referência deste subgénero. A sua visão do ciberespaço marcou-o como um visionário, e os conceitos que criou - ou anteviu - marcaram a revolução tecnológica que teve início com a World Wide Web.
Nasceu em Conway, Califórnia, Estados Unidos, em 1948. Celebra hoje 64 anos.
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