Um dos filmes mais aguardados do ano é sem dúvida The Hobbit, a adaptação cinematográfica do primeiro livro do mestre J.R.R. Tolkien. Dez anos volvidos desde a extraordinária adaptação de The Lord of the Rings, a prequela teve finalmente luz verde - após um longo "conflito" da produtora com o Tolkien Estate, e após uma carrada de indefinições sobre quem e como se realizaria o projecto. Estava previsto que a cadeira de realizador fosse entregue a Guillermo Del Toro (Hellboy, Hellboy 2: The Golden Army, El Labirinto del Fauno), com produção de Peter Jackson, mas os constantes atrasos e as muitas indefinições em redor do filme levaram Del Toro a afastar-se e Peter Jackson chegou-se à frente.
Com todo o respeito por Guillermo Del Toro - e quem realiza um filme do calibre de El Labirinto del Fauno merece todo o respeito e mais algum -, talvez tenha sido melhor assim. Peter Jackson provou muitas coisas quando realizou os três filmes que compõem The Lord of the Rings, das quais destacaria a sua imensa paixão pelo trabalho de Tolkien - e foi essa paixão que, em combinação com o seu talento, lhe permitiu fazer a extraordinária adaptação que fez (mas deixarei o tema da adaptação para outro dia). Saber que está à frente da adaptação de The Hobbit consegue, antes de mais, manter as expectativas bem elevadas, e porventura estabelecer uma ligação muito mais forte com a restante obra.
Para já, as informações que estão disponíveis sobre The Hobbit são muito positivas. O filme será dividido em duas partes: An Unexpected Journey, a estrear em Dezembro próximo, e There and Back Again, a estrear em Dezembro de 2013. O que é excelente - se para alguns a manobra não passará de uma tentativa de "fazer render o peixe", para outros, entre os quais me incluo, a divisão implica que o realizador vai dar tempo à história. Olhando para o elenco, percebe-se que, à partida, a maior parte das cenas relevantes da narrativa estão presentes. Jackson não poupou nas personagens: Thorin e os 12 anões que o acompanham estão lá todos, assim como Gandalf, Elrond, Gollum (novamente "interpretado" por Andy Serkis), o Great Goblin (das Blue Mountains), Beorn (que poderia facilmente ser retirado), o rei Thranduil de Mirkwood (pai de Legolas, que, já agora, também aparece), Radagast, Bard the Bowman, entre outros. O filme mostra também personagens que não aparecem na narrativa de The Hobbit, como Galadriel e Saruman, e cuja presença indica que a reunião do White Council e a expedição de Gandalf a Dol Guldur - apenas aludidas no livro - vão integrar o filme, o que é uma excelente notícia.
Um dos problemas originais deste filme prendia-se com a personagem principal, Bilbo Baggins. Na trilogia The Lord of the Rings, o curto papel do já velhote Bilbo coube ao veterano Ian Holm (que brilhou em filmes de ficção científica como Alien ou The Fifth Element). Mas Ian Holm tem 80 anos - uma idade demasiado avançada para andar a atravessar montanhas, combater aranhas, escapar a Elfos e roubar jóias a dragões. Holm permanece no filme, e creio que dará a sua voz para alguma narrativa - mas o papel do jovem Bilbo cabe a Martin Freeman (The Hitchhiker's Guide to the Galaxy), que à partida parece ser uma excelente escolha.
Enfim, a expectativa é muita até Dezembro. Até lá, temos o trailer oficial - é ver abaixo (para quem ainda não viu) enquanto nos arrepiamos com a balada dos Anões.
4 comentários:
Ai... Espero e desespero!
Falta tanto até Dezembro, nao é? Ao menos ainda temos o Prometheus pelo meio:)
Novo Ai! Esse é outro que tal.
Pois, mas para este faltam apenas quatro meses :)
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