No que aos videojogos diz respeito, afastei-me há muitos anos do mercado das consolas - a segunda e última consola que comprei foi uma Playstation 2 há mais de uma década. As console wars da última década, tal como os jogos exclusivos das várias plataformas, têm por isso passado muito por baixo do meu radar; e o anúncio de ontem da Microsoft relativo à próxima geração da sua consola, a Xbox One, também não me chamaria a atenção se não incluísse dois detalhes muito interessantes: o primeiro, o facto de esta nova consola, com o seu sistema Kinect integrado e as suas (polémica) necessidade de uma ligação persistente à Internet, se assemelhar muito aos célebres telecrãs de Orwell; o segundo, o anúncio de uma adaptação televisiva - presumivelmente, apenas para a consola - de Halo, com Steven Spielberg como produtor executivo.
É certo que, por nunca ter comprado uma Xbox, não estou especialmente familiarizado com a franchise Halo; os poucos elementos que conheço dos jogos, porém (a inspiração de Ringworld e os elementos de acção, para me limitar ao óbvio), são suficientes para encarar o projecto com alguma curiosidade - e mesmo com expectativa. Há muito tempo que se fala de uma adaptação cinematográfica dos jogos (que, recorde-se, já passaram para outros formatos, e mesmo para uma série web); o projecto chegou a ter um guião escrito por Alex Garland (28 Days Later, Sunshine, Dredd), e cineastas como Guillermo Del Toro, Neil Blomkamp e Peter Jackson já estiveram associados a essa adaptação (que, como se sabe, nunca chegou a avançar para lá do guião). O facto de ser um potencial - provável - exclusivo da plataforma de entretenimento da Microsoft é uma desvantagem, mas nada indica que tal projecto, a avançar mesmo, não venha a ser distribuído fora do mundo limitado da Xbox. A ver vamos.
10 comentários:
Não ter Xbox não serve de desculpa. Os Halo estão todos disponíveis para PC Windows. ;)
a sério? lol. nunca procurei por pensar que era exclusivo. cinco anos de world of warcraft fizeram-me perder MESMO muita coisa..! enfim, obrigado pela dica :)
É exclusivo da Microsoft, logo... ;)
Os 3 primeiros fazem uma trilogia muito engraçada embora o estilo shooter tenda a ser repetitivo. Experimente. O mais que acontece é perder umas horitas. (joguei a trilogia em co-op com o meu puto em menos de 72 horas... em lendário)
Sim, mas isso às vezes não quer dizer nada (apesar de ser lógico, claro). Vou experimentar um dia destes - juntar a coisa ao Bioshock e apanho logo a overdose de shooters.
Se gosta desses modos de Co-op, sugiro-lhe o do Portal 2. Fi-lo há tempos com um amigo, nenhum de nós tinha feito aquilo antes - foram horas divertidíssimas.
O Bioshock joguei e gostei. O 2 não me convenceu. (até joguei o avô System Shock em DOS :D).
Amanhã deve chegar o Bioshock Infinite.
O Portal só o joguei na Orange Box mas tive o mesmo problema que com o Mirrors Edge, náusea por causa das cores.
Isso é uma pena - quase como ter alergia a um alimento de que se gosta muito. O Portal é um jogo divertidíssimo, e o co-op do 2 é formidável.
Gostava de jogar o Bioshock Infinite, mas tenho algum receio de o comprar para descobrir que o meu computador já não o corre como deve ser. É por estas e por outras que tenho saudades do tempo em que todos os jogos tinham demos (do Bioshock original joguei a demo, e foi o que me convenceu a arranjar o jogo).
Tenho de arranjar o System Shock de alguma forma. Durante a pesquisa para o meu artigo na Bang, tropecei nesse jogo e na Shodan - e gostava muito de explorar mais o tema da "evil AI". O System Shock 2 apareceu agora no Steam, mas queria começar antes pelo original.
Voltando aqui. Terminei ontem o Bioshock Infinite. Para quem aprecie teorias de física quântica é capaz de apreciar moderadamente o jogo, lá mais para o final. No resto é bastante igual aos predecessores e até algo monótono o que me leva a perguntar qual a saúde da indústria quando este jogo mereceu 80 prémios.
80 prémios? O único jogo que me lembro de, recentemente, ter ganho tanto prémio, foi a aventura gráfica de "The Walking Dead" da Telltale. O "Bioshock Infinite" ganhou alguns prémios na E3 2011 quando foi mostrado, mas apesar de ser um dos mais prováveis vencedores de muitos prémios GOTY neste ano, isso ainda está para se ver. :)
(gostava de experimentá-lo, mas na ausência de uma demo que me permita testar o jogo e saber se ele corre sem problemas no meu portátil é difícil considerá-lo prioritário)
Agora, a saúde da indústria é mesmo muito débil nos dias que correm, e isso não tem muito que ver com a série "Bioshock" :)
A dos 80 prémios está na caixa.
Também joguei o Walking Dead na PS3. A tão propalada possibilidade de alterar o rumo... pois eu joguei com o puto, cada um a fazer escolhas diferentes e... o resultado acabava sempre por ir bater à mesma porta. Enfim, passada a novidade no episódio 2 o resto achei mais do mesmo.
Depende do que entendemos como "alterar o rumo". "The Walking Dead", na prática, é um "Witcher" ou um "Mass Effect" (sendo este o menos sofisticado dos três) em modo graphic adventure: vai-se sempre do ponto A para o ponto B, mas podemos é fazer esse percurso por vários caminhos e na companhia de personagens diferentes. Tenho dúvidas de que o formato permita algo muito mais sofisticado. Globalmente, achei o jogo muito bom, com o episódio 4 a ser de longe o melhor dos cinco. Mas mesmo sendo o último capítulo mais curto, achei o final excepcional.
Não sabia dos 80 prémios do Bioshock (e não duvidando do que está na caixa, a coisa parece-me mais marketing). Mas que vai ganhar muitos no final do ano, disso não tenho grandes dúvidas (mesmo antes de jogar - basta ver as reviews).
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