5 de novembro de 2012

V for Vendetta: Introdução - do comic icónico à adaptação cinematográfica

Corria o ano de 1982 quando nas páginas da revista "Warrior", uma publicação britânica mensal de comics, começou a ser publicada um comic que se tornaria numa referência incontornável da banda desenhada mundial: V for Vendetta, escrito por Alan Moore e ilustrado por David Lloyd. A história do anarquista anónimo com a máscara de Guy Fawkes que procura devolver a liberdade a uma Inglaterra distópica dominada por um partido fascista rapidamente se tornou num dos comics mais populares da "Warrior" - pelo que, aquando do cancelamento da revista em 1985, várias editoras procuraram reeditar V for Vendetta e concluir a narrativa que ficara incompleta nas páginas da revista.

Essa publicação viria a ser feita pela DC Comics, numa série de dez fascículos que reeditaram as histórias da desaparecida Warrior a cores (a publicação original era a preto e branco), e completaram a narrativa de V. Desde então, a história completa de V for Vendetta já foi publicada na totalidade em edições paperback da linha Vertigo da DC Comics, e numa Absolute Edition em formato hardcover, com material inédito.

Em 2005, V for Vendetta é adaptado para o cinema, num filme realizado por James McTeigue com argumento escrito por Larry e Andy Wachowsky (The Matrix). O elento inclui Hugo Weaving no papel de V, Natalie Portman como Evey Hammond, Stephen Rea como Eric Finch e John Hurt como Adam Sutler (a versão cinematográfica do ditador Adam Susan dos comics), entre outros actores consagrados (como Stephen Fry). Alan Moore, tradicionalmente adverso a adaptações cinematográficas dos seus trabalhos, afastou-se por completo do projecto e não permitiu que o seu nome surgisse associado ao filme. Substancialmente diferente da graphic novel em que se baseia não só em termos de densidade e profundidade narrativa como também nos episódios e nas personagens, o filme V for Vendetta teve uma recepção algo tépida por parte da crítica, mas rapidamente ganhou a aclamação do público e conquistou um espaço muito próprio na cultura popular da primeira década deste milénio.

(continua)

5 comentários:

Loot disse...

Tenho o trade paperback e a edição absolute lol.

Mas, adorava que o tivessem continuado a editar a preto e branco. Já vi uma amostra ao vivo e adorei.

Abraço

João Campos disse...

Eu tenho o trade paperback. Grande obra. Entre esta e "Watchmen", dou graças pela genialidade do Alan Moore.

Loot disse...

As edições capa dura têm modificações na cor, salvo erro. Nada que justifique a aquisição de mais um.

Quanto ao absolute edition deixo-te aqui o desenho que tenho nela pelo David Lloyd :)

http://alternative-prison.blogspot.pt/2010/12/torneio-de-personagens-de-bd-norte_3233.html

Quanto ao Alan Moore que tem uma série de obras riquíssimas, a essas duas ainda acrescento, pelo menos, o From Hell que é uma coisa sublime.

João Campos disse...

Muito bom :)

De "From Hell" não conheço nada - ainda. Mas o homem tem no currículo a criação do John Constantine e a reinvenção de The Swamp Thing. Não se pode pedir muito mais!

Anónimo disse...

Ameeei o filme, se tu parar para analizar ele faz criticas a muitos lados da sociedade. mas eu nao entendi a epoca que se passa pois tem tecnologia mas ao mesmo trmpo parrce la dos anos 70,80