12 de novembro de 2012

Clube de Leitura Bertrand do Fantástico: O Brasil no multiverso da ficção científica literária e cinematográfica

Um título pomposo para falar sobre a última sessão do Clube de Leitura Bertrand do Fantástico em Lisboa - o livro em debate foi Brasyl, de Ian McDonald, e, na falta de um convidado (não foi possível ao autor brasileiro Eduardo Spohr estar presente, conforme previsto), o Rogério Ribeiro sugeriu que se debatesse também Brazil, filme clássico de ficção científica realizado por Terry Gilliam.

A ausência de convidado foi largamente compensada pela qualidade da plateia - onde estavam, entre outros entusiastas do Fantástico, João Barreiros, António de Macedo e Luís Filipe Silva. No entanto, o formato mais "aberto" torna muito mais difícil descrever toda a conversa que decorreu durante uma hora na Livraria Bertrand. Da aparente influência de Philip Pullman em Brasyl à qualidade da trilogia temática de Ian McDonald (composta por River of Gods (2004), Brasyl (2007) e The Devrish House (2010), com histórias passadas respectivamente na Índia, no Brasil e na Turquia), da influência onírica de Philip K. Dick e Orwell em Brazil à sua qualidade de fábula que opõe a tecnocracia e a burocracia à expressão individual, das questões da impossibilidade da originalidade literária à necessidade de repetição dos argumentos cinematográficos - enfim, falou-se de tudo um pouco, numa conversa animada e divertida que, para alguns, se prolongou na Tertúlia Noite Fantástica, regressada neste mês ao restaurante Chez Degroote.

Na falta de um relato mais "vivo" da sessão, nesta semana o filme em destaque no blogue será Brazil, de Terry Gilliam (a publicar amanhã), e o livro será Brasyl, de Ian McDonald (a publicar na Sexta-feira).

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