9 de agosto de 2012

"Play" attention

Na última edição da revista Empire há um artigo sobre o próximo filme da saga Resident Evil (o quinto? o sexto? não sei, e who the fuck cares?). Intitulado Resident Evil: Retribution, neste filme a personagem de Barry Burton (que aparece no primeiro jogo , brevemente, num dos finais alternativos do terceiro; não no segundo, como se disse na revista) vai finalmente fazer parte da narrativa. Kevin Durand irá interpretar o veterano dos S.T.A.R.S. ao lado de Milla Jovovich. Paul W. S. Anderson, o realizador, disse à Empire: 

Barry's red jacked is his jacket from the videogame [...] . It's the right shade of red. It's got the right buttons in the right places. We pay attention. 

Também me lembro de as roupas de Sienna Guillory, actriz que interpretou o papel de Jill Valentine no segundo filme da série, serem exactamente iguais às do videojogo Resident Evil 3: Nemesis. As semelhanças, porém, acabaram aí - e conseguiram tornar Nemesis, um dos melhores vilões de toda a série (porventura o melhor), numa marioneta telecomandada e muito pouco ameaçadora. Isto para não falar em todas as mudanças drásticas - e, acima de tudo, desnecessárias - introduzidas nos filmes, identificáveis com Resident Evil somente por uma ou outra aparição (a protagonista, Alice, não entra nos jogos), pela Umbrella Corporation e pelos zombies. We pay attention, diz ele. É pena que não diga antes we "play" attention

Enfim, que saia o filme, e depressa, a ver se acaba de uma vez esta péssima saga. Ainda tenho alguma esperança - diminuta, é certo - de que, daqui a alguns anos, e com sucessos comprovados de adaptações como The Walking Dead, seja possível recriar os cinco primeiro jogos Resident Evil (Resident Evil Zero, Resident Evil, Resident Evil 2, Nemesis e Code: Veronica) com a atenção e o cuidado que as suas narrativas merecem, numa boa série televisiva.

Se bem que, verdade seja dita, a própria Capcom - produtora da série de videojogos desde o primeiro, de 1996 - tem vindo a abandonar a componente de survival horror, género que definiu com Resident Evil. Os jogos mais recentes têm menos terror e mais acção, e de acordo com a produtora, o objectivo é aproximá-los da popular franchise Call of Duty. Como é óbvio, o disparate não é exclusivo da indústria cinematográfica. 

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