16 de agosto de 2012

Harry Harrison (1925 - 2012)

Admito que o nome, quando reparei ontem na notícia, nada me disse. Ainda não li nada de Harrison, e a primeira referência que tive da sua obra teve lugar há dias, durante uma pesquisa sobre Stand on Zanzibar, de John Brunner, que me deu como "resultado relacionado" Make Room! Make Room! (título genial, diga-se de passagem), sobre o mesmo tema - a sobrepopulação e as suas consequências. Também não vi a respectiva adaptação cinematográfica, Soylent Green - podia aliás fazer um blogue só sobre todos os clássicos da ficção científica, bons e maus, que nunca vi. 

Harry Harrison faleceu ontem aos 87 anos. Como legado na ficção científica deixa obras como o já referido Make Room! Make Room!, Deathworld, The Stainless Steel Rat, Bill, the Galactic Hero e The Technicolor Time Machine, entre muitos outros. Como disse, ainda não li nada deste autor, e até há poucos dias não tinha sequer ouvido falar dele - infelizmente, tal só aconteceu praticamente no momento da sua morte. Enfim, mais vale tarde do que nunca.* 

2012 está a ser um ano difícil para a ficção científica. Na literatura, Ray Bradbury faleceu em Junho e Harry Harrison em Agosto; no cinema, perdemos há dias Carlo Rambaldi. Começam a sobrar poucas "velhas glórias" - relembrando esta citação do blogue da revista Ler (num raro momento em que se lembraram da ficção científica), da velha guarda restam Frederik Pohl e Brian Aldiss - e, acrescento, Ursula K. Le Guin. 

* O Jorge Candeias tem razão quando diz que "talvez a morte do homem sirva para que haja quem redescubra o autor ou o descubra [...] É um fenómeno comum, que costuma repugnar-me. Mas neste caso parece-me que seria bom". No entanto, diria que a descoberta é sempre positiva, mesmo que tardia (a história de que a morte é o melhor marketing tem muito que se lhe diga).

2 comentários:

Anónimo disse...

E o Jack Vance.

joão campos disse...

Outro que ainda tenho de descobrir (e este, pelos vistos, é o mais velho).