7 de julho de 2012

Facepalm (ou como o presente é um lugar muito estranho)

Depois de uma volta por livrarias e alfarrabistas do Campo Grande a Campo de Ourique e à Baixa, passo pela Fnac do Chiado para dar uma vista de olhos nas novidades - não aquelas efectivamente novas, mas apenas coisas que desconheça ou que não seja habitual encontrar. Nos livros, nada de novo (encantou-me mais um elaborado volume com sete livros de Júlio Verne, em inglês, que encontrei na Bulhosa); nos filmes, idem - aliás, é notório como a Fnac é para todos os efeitos incapaz de manter a secção de filmes com um módico de organização. Na zona dedicada aos videojogos (também ela desorganizada, e pior - numa nova e péssima localização), perguntei ao funcionário daquela secção da loja se estava disponível o jogo The Witcher, que planeio comprar para me entreter nos próximos tempos. Indica-me o segundo título da série, versão Enhanced Edition - mas quando pergunto pelo primeiro jogo, responde-me: 

"Ah, esse não temos, já é muito antigo, é difícil de encontrar." 

Eu sei que a indústria dos videojogos é hiperactiva e dada ao disparate com invulgar frequência, mas só nos tempos estranhos e frenéticos em que vivemos é que um videojogo lançado em 2007 (e com uma segunda edição melhorada em 2008) é considerado muito antigo. Depois interroguem-se porque é que, ao contrário das lojas físicas, o comércio electrónico vai de vento em popa - no Steam, posso comprar o dito jogo, edição especial e tudo, por oito euros.

2 comentários:

Anónimo disse...

É uma questão de logística. A internet ganha ao comércio físico porque arrumar 70 mil milhões de bits num servidor não é o mesmo que ter um DVD a ocupar espaço num armazém ou na estante de uma loja.

E se achas que as coisas estão más com os jogos, nem queiras saber como é com os livros.

João Campos disse...

Nos livros, tenho notado alguns relativamente recentes (finais de 90, inícios de 00) que se tornam bastante difíceis de encontrar online (Amazon, etc). Mas nos videojogos a coisa roça a estupidez. Ainda que, pessoalmente, continue a preferir as cópias físicas.