Depois de uma volta por livrarias e alfarrabistas do Campo Grande a Campo de Ourique e à Baixa, passo pela Fnac do Chiado para dar uma vista de olhos nas novidades - não aquelas efectivamente novas, mas apenas coisas que desconheça ou que não seja habitual encontrar. Nos livros, nada de novo (encantou-me mais um elaborado volume com sete livros de Júlio Verne, em inglês, que encontrei na Bulhosa); nos filmes, idem - aliás, é notório como a Fnac é para todos os efeitos incapaz de manter a secção de filmes com um módico de organização. Na zona dedicada aos videojogos (também ela desorganizada, e pior - numa nova e péssima localização), perguntei ao funcionário daquela secção da loja se estava disponível o jogo The Witcher, que planeio comprar para me entreter nos próximos tempos. Indica-me o segundo título da série, versão Enhanced Edition - mas quando pergunto pelo primeiro jogo, responde-me:
"Ah, esse não temos, já é muito antigo, é difícil de encontrar."
Eu sei que a indústria dos videojogos é hiperactiva e dada ao disparate com invulgar frequência, mas só nos tempos estranhos e frenéticos em que vivemos é que um videojogo lançado em 2007 (e com uma segunda edição melhorada em 2008) é considerado muito antigo. Depois interroguem-se porque é que, ao contrário das lojas físicas, o comércio electrónico vai de vento em popa - no Steam, posso comprar o dito jogo, edição especial e tudo, por oito euros.
2 comentários:
É uma questão de logística. A internet ganha ao comércio físico porque arrumar 70 mil milhões de bits num servidor não é o mesmo que ter um DVD a ocupar espaço num armazém ou na estante de uma loja.
E se achas que as coisas estão más com os jogos, nem queiras saber como é com os livros.
Nos livros, tenho notado alguns relativamente recentes (finais de 90, inícios de 00) que se tornam bastante difíceis de encontrar online (Amazon, etc). Mas nos videojogos a coisa roça a estupidez. Ainda que, pessoalmente, continue a preferir as cópias físicas.
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