Através do blogue da Trema chego à lista dos seis livros de ficção científica mais libertários do ano, elaborada pela revista Reason. Esta lista conta com nomes tão conhecidos como Vernor Vinge (com The Children of the Sky, sequela a Deepness in the Sky) ou Terry Pratchett (com Snuff, a mais recente história do universo Discworld).
É interessante ver o Fantástico - e, com maior frequência, a ficção científica - associado aos ideais libertários. Essa associação faz-se frequentemente através da defesa acérrima desses valores - e aqui poderíamos utilizar Robert A. Heinlein e a sua defesa intransigente do individualismo como exemplo, muito visível em obras como The Moon Is a Harsh Mistress ou Time Enough for Love. Mas tal associação é também feita por contraste, na demonstração normalmente em forma de distopia da ausência ou corrupção do ideal libertário. Ocorre-me The Dispossessed, de Ursula K. Le Guin, como exemplo aqui, mas poderia mencionar muitas outras distopias.
Não é certamente por acaso que, se consultarmos a lista dos Prometheus Awards, encontramos uma longa lista de ficção científica premiada, com autores como Vernor Vinge, Robert A. Heinlein, Ursula K. Le Guin, Poul Anderson, Larry Niven e Alfred Bester, entre outros, ao lado de clássicos libertários como Ayn Rand (de certa forma, pode-se argumentar que em Atlas Shrugged Ayn Rand entrou na ficção científica, mas isso deixo para outro dia). Ora aqui está um tema interessante a desenvolver um dia, ao cuidado dos meus vários amigos que estudam ciência política: a ligação entre a ficção científica e os ideais libertários. Boas referências não faltam.
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