8 de fevereiro de 2012

Through a glass, darkly

Quando há dias mencionei a lista daqueles que, para mim, são os 20 melhores filmes de ficção científica que vi, esqueci-me de mencionar um: A Scanner Darkly, de 2006, realizado por Richard Linklater. Vi o filme quando passou no Indie Lisboa  2007 (na única edição a que fui, agora que penso nisso); não sei se chegou a estar em exibição nas salas de cinema portuguesas. É certo que A Scanner Darkly não é uma obra-prima da ficção científica - não será certamente filme de top-ten - mas é sem dúvida um filme bastante sólido, com um enredo consistente, um elenco acima da média (Keanu Reeves - em mais um papel feito à medida -, Winona Ryder e Robert Downey Jr.) e uma animação tão invulgar como cativante. Tudo isto resulta numa excelente adaptação de um dos melhores livros de Philip K. Dick (sem dúvida o meu preferido).


2 comentários:

fábio videira santos disse...

Uma boa ideia, este blogue.
Já no jardim a tua missão de divulgação surtia efeitos, João: ando a tentar ler - até porque assim é que se deve começar - os clássicos de ficção científica, conciliando com o resto da enorme lista de leituras obrigatórias. Hoje mesmo, numa daquelas feiras de oportunidades/baixos preços na estação de São Bento, adquiri o «2001: Odisseia no Espaço» (já vi o filme) por 2 euros, naquela colecção de bolso da Europa-América (li algures que a tradução não é das piores). Também da mesma colecção descobri o Philip K. Dick que, digo-o honestamente, se tornou um dos meus autores preferidos. E ainda só li o «Do Androids Dream of Electric Sheep?» e «O Homem do Castelo Alto» (este último, devido também ao meu fascínio pela WW2, acho-o notável). Digamos que sou ainda um leitor de ficção científica imberbe.


Abraço.

joão campos disse...

Folgo saber que ajudei a passar o "bichinho" da sci-fi, Fábio. Eu também ainda tenho muito que ler.

Eu tenho trauma às colecções de bolso da Europa-América - o primeiro livro de ficção científica que li (se excluirmos Verne na infância) foi "A Rainha de Gelo", dessa colecção. Tradução terrível.

O Philip K. Dick é de facto extraordinário - provavelmente um dos casos mais óbvios de um Nobel não atribuído. Gostei muito do The Man in the High Castle, apesar de não me ter enchido as medidas. "Do Androids Dream of Electric Sheep?" é fenomenal, claro. Mas o meu preferido (até à data) é mesmo "A Scanner Darkly". Aquela história do investigador policial a investigar-se a ele mesmo é extraordinária. Em breve vou ler "Ubik", já o tenho na estante.

Abraço e volta sempre :)