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5 de junho de 2014

Prometheus Awards 2014: Os finalistas

Os Hugo Awards serão naturalmente os prémios em destaque da Worldcon 2014, que terá lugar em Londres no próximo mês de Agosto; mas a LonCon 3 é também o palco escolhido pela Libertarian Futurist Society para a cerimónia de entrega dos Prometheus Awards, os prémios criados em 1979 por L. Neil Smith e atribuídos com regularidade anual a partir de 1982 à melhor ficção de carácter libertário publicada no ano anterior. A partir de 1983, os Prometheus Awards dividiram-se em duas categorias: a primeira, intitulada "Best Novel Award", continuou a distinguir os romances do ano transacto com a liberdade como tema; o segundo, de carácter retrospectivo, ganhou a designação de "Hall of Fame Award", e tem distinguido desde então algumas das melhores obras literárias de temáticas libertárias de anos anteriores.

Ambas as categorias já distinguiram em inúmeras ocasiões obras e autores de fantasia e ficção científica, de Robert A. Heinlein a Vernor Vinge, de George Orwell a Alfred Bester, de Poul Anderson a J. R. R. Tolkien (entre muitos outros). Os nomeados deste ano são: 

Best Novel Award:
  • Homeland, de Cory Doctorow (Tor)
  • A Few Good Men, de Sarah Hoyt (Baen)
  • Crux, de Ramez Naam (Angry Robot)
  • Nexus, de Ramez Naam (Angry Robot)
  • Brilliance, de Marcus Sakey (Thomas & Mercer)
Hall of Fame Award:
  • Sam Hall, de Poul Anderson (1953)
  • Falling Free, de Lois McMaster Bujold (1988)
  • "Repent, Harlequin!" Said the Ticktockman, de Harlan Ellison (1965)
  • Courtship Rite, de Donald M. Kingsbury (1982)
  • As Easy as A.B.C., de Rudyard Kipling (1912)

Os Prometheus Awards 2014 incluirão ainda um prémio especial de carreira, o Lifetime Achievement Award, que será atribuído a Vernor Vinge. 

26 de abril de 2012

A ficção científica e os ideais libertários


Através do blogue da Trema chego à lista dos seis livros de ficção científica mais libertários do ano, elaborada pela revista Reason. Esta lista conta com nomes tão conhecidos como Vernor Vinge (com The Children of the Sky, sequela a Deepness in the Sky) ou Terry Pratchett (com Snuff, a mais recente história do universo Discworld). 

É interessante ver o Fantástico - e, com maior frequência, a ficção científica - associado aos ideais libertários. Essa associação faz-se frequentemente através da defesa acérrima desses valores - e aqui poderíamos utilizar Robert A. Heinlein e a sua defesa intransigente do individualismo como exemplo, muito visível em obras como The Moon Is a Harsh Mistress ou Time Enough for Love. Mas tal associação é também feita por contraste, na demonstração normalmente em forma de distopia da ausência ou corrupção do ideal libertário. Ocorre-me The Dispossessed, de Ursula K. Le Guin, como exemplo aqui, mas poderia mencionar muitas outras distopias. 

Não é certamente por acaso que, se consultarmos a lista dos Prometheus Awards, encontramos uma longa lista de ficção científica premiada, com autores como Vernor Vinge, Robert A. Heinlein, Ursula K. Le Guin, Poul Anderson, Larry Niven e Alfred Bester, entre outros, ao lado de clássicos libertários como Ayn Rand (de certa forma, pode-se argumentar que em Atlas Shrugged Ayn Rand entrou na ficção científica, mas isso deixo para outro dia). Ora aqui está um tema interessante a desenvolver um dia, ao cuidado dos meus vários amigos que estudam ciência política: a ligação entre a ficção científica e os ideais libertários. Boas referências não faltam.