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12 de outubro de 2013

Dark Horse Comics leva Geralt of Rivia para a banda desenhada

Depois da aposta em Firefly, a aposta no na dark fantasy de origens europeias que os aclamados videojogos da CD Projekt Red deram a conhecer em todo o mundo: na New York Comic Con, a Dark Horse Comics confirmou estar a preparar um comic em cinco fascículos de The Witcher. Este projecto é feito em parceria com os estúdios polacos responsáveis pelos jogos, situando-se assim no universo interactivo de The Witcher e The Witcher 2: Assassins of Kings - e não, aparentemente, na continuidade oficial estabelecida por Andrzej Sapkowski, o criador da série literária (referido apenas de passagem na peça do Polygon), que faz questão de manter as águas bem separadas. O texto está a cargo de Paul Tobin, e o primeiro fascículo deste comic será publicado a 19 de Março de 2014. 

Fonte: Polygon

28 de agosto de 2013

Dark Horse Comics traz de volta Firefly?


Foi com esta imagem alusiva à célebre frase de Wash no filme Serenity (durante aquela memorável batalha) que a Dark Horse Comics surpreendeu no início desta semana a comunidade browncoat. A editora norte-americana já editou várias bandas desenhadas stand alone do universo de science fiction western criado por Joss Whedon em 2002, e prematuramente cancelada pela Fox; este anúncio, porém, parece indicar que está a preparar algo mais ambicioso. Uma continuação directa da série de culto em formato comic? Não se sabe ainda, mas em alguns círculos da Internet a especulação é enorme. Entretanto, aguarda-se mais novidades com optimismo moderado. 


24 de maio de 2013

As origens de Hellboy em Seed of Destruction

Depois de Hellboy, o filme, talvez seja uma boa ideia aproveitar o pretexto para regressar às origens e falar um pouco sobre Hellboy, o comic que deu origem a esta popular personagem da Dark Horse. E nada como começar pelo início, ainda que não o exacto início: os quatro issues compilados no álbum Seed of Destruction (1994), que não só introduz o protagonista e algumas das mais relevantes personagens secundárias, mas também estabelece o tom e alguns elementos que dão substância a todo o universo ficcional criado por Mike Mignola e John Byrne (este livro inclui no final duas pequenas histórias que são, de facto, as primeiras histórias de Hellboy; merecem uma leitura como apontamento, mas não apresentam a maturidade e a densidade da narrativa principal).

Ainda que o presente narrativo de Seed of Destruction seja nos anos 90, a história de Hellboy começa muito antes disso - começa, sim, nos finais da Segunda Guerra Mundial, quando os Aliados já estavam a vencer a Guerra e os Nazis perseguiam desesperadamente qualquer vantagem que pudessem obter para dar a volta à situação. E um dos caminhos tentados foi o do sobrenatural, com os grupos do oculto afectos a Hitler a obter a ajuda do famigerado Grigori Rasputin para evocar Ogdru Jahad e iniciar o fim do mundo tal como era conhecido. Uma evocação feita numa ilha ao largo da costa da Escócia, e que não corre como esperado, pois os seus resultados fizeram-se sentir muito longe dali: em East Bromwich, na Inglaterra, um grupo de soldados Aliados, o herói mascarado Tocha da Liberdade e três elementos da Sociedade Britânica do Paranormal - Malcolm Frost, Cynthia Eden-Jones e Trevor "Broom" Brutterholm - encontram-se numa igreja assombrada e testemunham o aparecimento, numa súbita explosão, de uma criança demoníaca, a qual chamaram de "Hellboy".

Mas chega de background. No presente, o professor "Broom" - que criou Hellboy - está dado como morto após uma expedição ao Árctico com os irmãos Cavendish, onde descobriram algo tão extraordinário como sombrio. Uma praga de rãs muito pouco comuns esconde um mal antigo, e Hellboy e os seus companheiros do "Bureau for Paranormal Research and Defense" (BPRD) ´- Liz Sherman e Abe Sapien - vão investigar o passado do misterioso clã Cavendish em busca de pistas; e o que encontram não só é mais do que esperavam, como também deixa alguns indícios muito sinistros sobre as origens do protagonista...

Mignola e Byrne desenvolvem a narrativa com o professor "Broom" a começar como narrador e com Hellboy a tomar as rédeas da narração pouco depois - num estilo reminiscente das histórias noir, descritivo, mordaz e algo sarcástico. É neste registo - muito eficaz, diga-se de passagem - que são feitas as apresentações de Liz e Sherman, com breves descrições do seu passado; e é também assim que o leitor segue várias sequências, acompanhando os pensamentos do protagonista naquele peculiar estilo "detective" (que me traz à mente a história de Marv em Sin City ou as passagens de "Tracer Bullet" em Calvin & Hobbes). 


Mas os autores não se ficam por aqui; e para dar maior densidade a um enredo muito bem escrito e a uma história repleta de criaturas mostruosas, pragas, demónios e feiticeiros, Mignola e Byrne juntaram vários elementos, um pouco ao estilo do que Moore e Gibbons fizeram em Watchmen, para dar maior densidade à narrativa. Ao longo de Seed of Destruction o leitor encontra assim ficheiros do BPRD relativos a personalidades de relevo entre os Nazis, mitos sobre rãs e ilustrações muito apelativas nos separadores entre capítulos. Ainda que no campo artístico este não seja um álbum excepcional, tanto a ilustração como a cor revelam-se eficazes e competentes, funcionando muito bem nos vários momentos da narrativa e dando um destaque especial às sombras, sempre presentes, dando um tom muito especial a todo o ambiente.

Seed of Destruction é uma sólida introdução a uma personagem que rapidamente se tornou icónica no universo dos comics, traçando as origens do protagonista numa aventura bem ritmada e com alguma surpresas. O primeiro filme de Guillermo Del Toro é quase todo ele retirado destas páginas; mas nelas  - e sem retirar mérito algum ao filme - encontra-se uma narrativa mais cuidada, mais abrangente e incomparavelmente mais rica.

A edição portuguesa - Semente de Destruição - data de 2003 e foi editada pela Devir. A tradução é de Pedro Miranda.