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3 de março de 2014

Alfonso Cuarón vence Óscar na categoria de "Melhor Realizador" com Gravity

O título sintetiza a notícia na perfeição: Alfonso Cuarón venceu o Óscar para "Melhor Realizador" com o aclamadíssimo e extraordinário Gravity - o que, não sendo de todo inesperado*, nem por isso deixa de constituir uma pequena surpresa, e um grande triunfo para a ficção científica cinematográfica. Se poucos foram os filmes do género distinguidos com uma nomeação na principal categoria, menos ainda foram os realizadores a ser reconhecidos com tal honra (lista rápida, e por isso falível: Steven Spielberg e Stanley Kubrick conseguiram-no duas vezes, com Close Encounters of the Third Kind e E.T. the Extraterrestial para o primeiro, e 2001: A Space Odyssey e A Clockwork Orange para o segundo; George Lucas e James Cameron foram nomeados uma vez cada, com Star Wars e Avatar respectivamente). A conquista, por Steven Price, da estatueta dourada na muito disputada categoria de "Melhor Banda Sonora Original" (também com Gravity) poderá ter sido inesperada para alguns críticos e espectadores; já o domínio avassalador do filme de Cuarón nas categorias técnicas dificilmente terá apanhado alguém de surpresa, dado o historial do género nestes prémios. 

No total, Gravity arrecadou sete Óscares da Academia, um deles numa das categorias mais importantes. Se a isto juntarmos o Óscar que Spike Jonze venceu na categoria de "Melhor Argumento Original" com Her - outra novidade para o género -, a conclusão torna-se óbvia: 2014 foi o ano em que, em termos das principais distinções da indústria, a ficção científica cinematográfica começou em definitivo a sair do gueto das categorias técnicas para marcar presença em territórios habitualmente dominados pelo mainstream

Claro que o copo também pode ser visto meio vazio: ainda não foi em 2014 que a Academia atribuiu a um filme de ficção científica o Óscar para "Melhor Filme", ou mesmo um prémio numa das categorias de representação (falamos sempre da categoria principal, esquecendo os actores - quando, para estes, a tarefa ainda é mais difícil. Afinal, quantos actores foram nomeados pelas suas interpretações em filmes de ficção científica? De cabeça, quatro: Sigourney Weaver em Aliens, Brad Pitt em 12 Monkeys, Kate Winslet em Eternal Sunshine of the Spotless Mind e Sandra Bullock em Gravity. É pouco. Muito pouco). O que não deixa de ser sintomático, e de estar de certa forma em sintonia com o velho estigma do primado das ideias em detrimento das personagens, aplicado também (sobretudo) à ficção científica literária. 

Deixemos, porém, o pessimismo para outro dia; hoje, Alfonso Cuarón e Spike Jonze estão de parabéns pelos prémios conquistados com Gravity e Her. E, com eles, está também de parabéns a ficção científica cinematográfica.

* Com Gravity, Cuarón já tinha conquistado na mesma categoria o Globo de Ouro, o BAFTA e o Critics Choice Award.

28 de novembro de 2013

Aningaaq, ou: o outro lado de Gravity

Uma das várias sequências memoráveis (e fundamentais) de Gravity, o recente êxito cinematográfico de Alfonso Cuarón, é a comunicação improvável que a protagonista, a Dr.ª Ryan Stone (Sandra Bullock), estabelece via rádio com um estranho, num idioma que desconhece. O filho de Cuarón, Jonas, decidiu escrever e realizar uma curta a contar o que aconteceu do outro lado daquela transmissão - e o resultado foi Aningaaq, ou sete minutos de uma fabulosa meditação sobre a forma como a comunicação, por improvável que seja, pode ser feita. Um trabalho que merece destaque:


Fonte: GeekTyrant

15 de outubro de 2013

Gravity: O renascimento em queda livre

2001: A Space Odyssey, a obra-prima de Stanley Kubrick e talvez o melhor filme de ficção científica realizado até aos nossos dias, estreou em 1968  - antes de Neil Armstrong dar o "salto gigante para a Humanidade" e tornar-se no primeiro homem a pisar o solo lunar. E foram necessários 45 anos para que o realismo da visão de Kubrick do vazio espacial infinito que existe para lá da atmosfera terrestre, incontestado no grande ecrã com o assombroso bailado silencioso de homens e naves no negrume do vácuo, fosse revisitado com êxito. O autor da proeza foi o mexicano Alfonso Cuáron, com Gravity.

A referência ao clássico de Kubrick não é acidental: tal como o mestre norte-americano, Cuáron procurou em Gravity reproduzir o espaço de forma tão cientificamente realista quanto possível, procurando transpor para o grande ecrã a sensação de se estar suspenso na órbita da Terra - sem peso num vácuo onde o som não existe. Há falhas, claro, e as inevitáveis conveniências narrativas comuns a qualquer filme - mas essas, mesmo tendo já sido dissecadas à exaustão na Internet, em momento algum diminuem a experiência. 

Recorrendo ao mesmo truque de Kubrick (e de outros, como Danny Boyle no interessante Sunshine), Cuáron combinou a incomparável textura do silêncio do vazio com uma banda sonora magistral de Steven Price, encaixada com rigor na intensidade variável da narrativa. E esta decorre como uma dança impossível - oscilando entre os gestos lentos dos astronautas na execução das tarefas mais simples, como capturar um parafuso que se afasta do módulo, com o frenesim do impacto de detritos que espoleta a acção. Como é já apanágio de Cuáron, a tensão não é poupada, e transborda a cada cena do filme. 


(Doravante, os spoilers serão a norma)

5 de setembro de 2013

Gravity: Novo trailer

Foi divulgado mais um trailer para Gravity, o muito antecipado filme de Alfonso Cuáron (Children of Men) que conta a história dos astronautas Ryan Stone (Sandra Bullock) e Matt Kowalsky (George Clooney) quando um acidente destrói o seu space shuttle e os deixa à deriva no espaço. O primeiro trailer já era de cortar a respiração (sobretudo visto no grande ecrã); este talvez ainda seja mais. 

Gravity tem estreia prevista para 24 de Outubro em Portugal. 


Fonte: io9

24 de julho de 2013

Gravity: Novo trailer

Não sei o que impressiona mais neste novo trailer de Gravity, o próximo filme de ficção científica de Alfonso Cuarón: se a forma realista e desprovida de som com que mostra toda a cena, se o facto de ela ser um único plano contínuo, sem interrupções - aprimorando a técnica que desenvolveu em Children of Men, e que tornou aquele filme num dos mais relevantes que o género conheceu na última década. De qualquer forma, a odisseia espacial de George Clooney e Sandra Bullock irá sem dúvida merecer a visita a uma boa sala de cinema.

Gravity tem estreia prevista para Outubro.


Fonte: Tor.com

16 de janeiro de 2013

Cinema fantástico: as estreias de 2013 (14) - Gravity

Alfonso Cuáron surpreendeu toda a gente em 2006 com Children of Men, a adaptação cinematográfica do livro homónimo de P. D. James que se tornou num dos melhores filmes de ficção científica da década passada - e promete regressar ao género este ano com Gravity, um projecto muito curioso que contará com Sandra Bullock e George Clooney nos principais papéis. Ainda poucos detalhes se sabem da história - aparentemente, centra-se num acidente que deixa um shuttle tripulado à deriva no espaço.

A produção de Gravity tem sido atribulada, com os papéis principais originalmente pensados para Natalie Portman e Robert Downey Jr. - que acabaram por recusá-los por outros compromissos. A estreia estava originalmente prevista para Novembro do ano passado, mas acabou adiada em quase um ano. As reacções à exibição prévia do filme (ainda inacabado) foram algo medianas: houve quem detestasse o que viu, e houve quem tivesse ficado muito entusiasmado com o que será o produto final

Até ao momento, ainda não há muita informação disponível sobre Gravity - não foi disponibilizado qualquer trailer, e as imagens são ainda escassas. A estreia está prevista para o Outono de 2013.