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14 de agosto de 2014

This happening world (19)

(os artigos de hoje chegam com um atraso maior do que o habitual - mas continuam a ser excelentes leituras para quem ainda não passou os olhos por eles)

Por que motivo Dune, de Frank Herbert, não se tornou num fenómeno cultural como The Lord of the Rings ou Star Wars apesar de ser consistentemente considerado um dos melhores e mais importantes romances da ficção científica literária? Jon Michaud procura dar uma resposta a esta questão na The New Yorker com o artigo Dune Endures - e acaba por revisitar um dos maiores clássicos que o género já conheceu, porventura mais actual hoje do que à data da sua publicação nos longínquos anos 60 (também poderíamos arriscar, em jeito de resposta, que a adaptação cinematográfica de Dune por David Lynch tem os seus... problemas, e que isso não terá decerto ajudado à popularização do texto).

A biografia de Joss Whedon deu que falar em finais de Julho e inícios de Agosto - e tanto o io9 como a Tor deram algum destaque ao lançamento, publicando excertos sobre diferentes aspectos de Firefly. Charlie Jane Anders publicou no io9 o capítulo 17 da biografia, dedicado à concepção do universo ficcional do malogrado space western do criador de Buffy; e Amy Pascale (autora da biografia) destacou no portal da Tor o capítulo 19, sobre o cancelamento prematuro de Firefly pela Fox, com as reacções de Whedon, do elenco e da equipa que conseguiu fazer de uma série interrompida um fenómeno de culto assinalável. Ambas as passagens são leitura obrigatória para qualquer browncoat que se preze.

No Ars Technica, Lee Hutchinson explora as origens do termo xenomorph na franchise cinematográfica de Alien - levantando a questão (muito interessante, por sinal) sobre se a expressão se refere a qualquer forma de vida alienígena naquele universo ficcional ou se é aplicável apenas à criatura adaptável que a tripulação da Nostromo encontrou em LV-426. E, de caminho, Hutchinston aproveita ainda para analisar, no contexto de Aliens (1986), o blackout informativo da Weiland-Yutani a propósito da criatura quando envia a expedição de Colonial Marines- com Ripley - para a colónia incontactável de Hadley's Hope.

Goste-se ou não, a verdade é que poucos fenómenos literários se podem comparar ao de Harry Potter, a saga de fantasia literária que tornou J. K. Rowling milionária e que se tornou numa força imparável na cultura pop contemporânea. No Boing Boing, Caroline Siede explora os factores que fizeram da história do jovem feiticeiro e herói acidental uma leitura compulsiva para milhões de leitores em todo o mundo, ao ponto de se tornar na obra de referência para toda uma geração.

20 de março de 2014

This happening world (7)

No Tor.com, um artigo interessantíssimo de Grady Hendrix sobre aquele que terá talvez sido o maior filme de ficção científica nunca realizado, e cuja história - cujo mito - regressou recentemente à ribalta a propósito de um documentário de Frank Pavich. Falo da adaptação do clássico de Frank Herbert, Dune, pelo chileno Alejandro Jodorowsky. Hendrix traça um resumo fascinante sobre a atribulada odisseia que foi a pré-produção milionária deste filme, na qual participaram algumas personalidades que se viriam a revelar extremamente influentes na ficção científica dos anos que se seguiriam, como Dan O'Bannon, H. R. Giger e Moebius. Para o bem ou para o mal, o filme nunca passaria da fatídica pré-produção; e seria David Lynch quem acabaria por, em 1984, transportar a história - ou parte dela - de Frank Herbert para o grande ecrã. 

Christopher Tolkien continua a dar a conhecer alguns dos trabalhos que o seu pai deixou por publicar - e em Maio próximo será editado pela Harper & Collins a tradução de Tolkien de Beowulf, o poema anglo-saxónico clássico do século XI. Intitulada Beowulf: A Translation and a Commentary, esta edição inclui a tradução de Tolkien, que já conta 90 anos, várias palestras que Tolkien deu na Universidade de Oxford sobre o poema (que ele mesmo resgatou da semi-obscuridade) e o conto original Sellic Spell

Disney prepara sequela a The Incredibles. A esta altura do campeonato, a Disney apenas surpreende pela demora: com dois Óscares da Academia e um box office global de mais de 600 milhões de dólares, o filme escrito e realizado por Brad Bird em 2004 foi um sucesso tanto crítico como comercial. Aparentemente, o preço a pagar será... mais uma sequela a Cars

A quarta temporada de Game of Thrones tem mais um trailer. A estreia portuguesa, essa, está prevista para 8 de Abril.



Fontes: Tor.com / The Guardian / io9

31 de março de 2013

Citação fantástica (60)

Proper teaching is recognized with ease. You can know it without fail because it awakens within you that sensation which tells you this is something you have always known.

Frank Herbert, Dune (1965)

20 de janeiro de 2013

Citação fantástica (50)

Deep in the human unconscious is a pervasive need for a logical universe that makes sense. But the real universe is always one step beyond logic.

Frank Herbert, Dune (1965)

6 de maio de 2012

Citação fantástica (12)

Any road followed precisely to its end leads precisely nowhere. Climb the mountain just a little bit to test that it's a mountain. From the top of the mountain, you cannot see the mountain. 

Frank Herbert, Dune (1965)

7 de fevereiro de 2012

Dune em discussão no Clube de Leitura do Fantástico

Está confirmada a primeira sessão do Clube de Leitura do Fantástico da Bertrand, na Livraria Bertrand do Chiado (Lisboa), às 19 horas do dia 2 de Março - e o livro que servirá de mote à tertúlia será Dune, de Frank Herbert, recentemente (re)editado em Portugal pela Saída de Emergência. Nem de propósito - Dune foi justamente o livro que, há mais ou menos dois anos, deu início à minha odisseia de leitura dos clássicos da ficção científica. Excelente oportunidade para recuperar o que escrevi nessa altura no Delito de Opinião a propósito deste clássico da ficção científica:
Há tempos, creio que a propósito de uma conversa sobre ficção científica (para variar), conversei um pouco com a Ana Vidal sobre o filme Dune, a adaptação de David Lynch, feita em 1984, ao romance de Frank Herbert. Ainda não revi o filme - talvez no fim-de-semana -, pelo que mantenho ainda a opinião de que o filme, ainda que interessante, é globalmente fraco. Li, porém, o livro - a minha primeira leitura de Verão, após ter encontrado uma edição em paperback na fnac, a um preço muito convidativo (alguém me lembre de ir lá buscar o 2001: A Space Odyssey, que também estava muito em conta). Enfim, a propósito da obra de Herbert, o "mestre" Arthur C. Clarke disse não conhecer nada que se lhe comparasse para além de The Lord of the Rings. Descontada a simpatia, Dune é, de facto, uma obra espantosa, provavelmente um dos mais ambiciosos trabalhos que o género conheceu. Dune, o primeiro volume de uma série de seis livros escritos por Frank Herbert (e mais alguns, escritos pelo seu filho, Brian Herbert e Kevin J. Anderson), narra a história da família aristocrata Atreides, à qual é concedido, pelo Imperador Shaddam IV, o controlo do planeta Akarris, o único lugar onde se encontra mélange, a substância mais valiosa do universo (a famosa spice). O planeta é um presente envenenado, e o Duque Ledo Atreides sabe disso quando o aceita. E a história prossegue com o seu filho, Paul, e a sua aprendizagem da vida no deserto, com as intrigas políticas entre as famílias aristocratas, com o sonho ecologista de Liet-Kynes e dos Fremen, e com a guerra iminente. Durante a leitura, deparamos com algumas cenas memoráveis, como a do primeiro banquete dado pela família Atreides em Akarris - de longe, a que mais me marcou durante a leitura. Mais não conto, para não estragar uma eventual leitura a alguém; mas fica a sugestão: vai valer a pena cada minuto passado a ler Dune.
No Norte, a primeira sessão do Clube de Leitura do Fantástico da Bertrand está prevista para 28 de Abril, na Livraria Bertrand do Porto Gran Plaza. Terá a moderação de Rui Baptista.