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28 de março de 2013

Mass Effect 3, um ano depois (2)

(A continuação e conclusão - um pouco atrasada - do artigo de Segunda-feira. Mantém-se o alerta de Spoilers)

Um dos elementos mais interessantes de Mass Effect 3 - aliás, de toda a série Mass Effect - é a forma como as escolhas passadas se reflectem ao longo dos três títulos para dar forma a uma narrativa mais ou menos coesa, mais ou menos personalizada. O resultado não é perfeito: se há decisões que foram muito bem transpostas para os jogos seguintes (Virmire, no primeiro), outras foram uma desilusão (a rainha Rachni, também no primeiro). Acontece que um dos principais problemas apontados ao polémico final do jogo prende-se sobretudo com este factor, e pelas consequências que as decisões tomadas ao longo dos três jogos têm no final da narrativa. E a verdade é que têm muito pouco, mesmo considerando o Extended Cut. E isto deve-se sobretudo à forma desastrada como a Bioware lidou com uma excelente ideia: os Effective Military Strenght.

25 de março de 2013

Mass Effect 3, um ano depois (1)

É possível que este texto venha já um tanto ou quanto "fora de tempo". Afinal, Mass Effect 3, foi lançado já há um ano, suscitando quase de imediato uma vasta e ácida polémica cujas ondas de choque se fizeram sentir em quase todos os cantos da indústria dos videojogos - da questão artística ao jornalismo especializado (e neste ponto o debate foi especialmente relevante). Aliás, já escrevi sobre o tema antes, e deixei aqui a minha opinião sobre o final do jogo logo após o ter concluído (uma opinião que, em termos gerais, mantenho, mesmo após o Extended Cut). Ao longo do último ano, porém, a polémica foi-se reacendendo à medida que a Bioware e a Electronic Arts disponibilizaram novos conteúdos (DLC pagos) para o jogo, e, claro, à medida a que o impacto da polémica se tornou palpável no seio da própria Bioware, com os seus fundadores a deixarem a empresa (e a indústria). O último destes conteúdos, o DLC Citadel, foi lançado há dias; e a própria Bioware aproveitou a sua participação da PAX East para voltar a falar do tema (e sabe-se que a série vai continuar, ainda que não se saiba bem em que moldes).

Talvez o tema, afinal, não esteja tão "fora de tempo" quanto isso - pelo menos, é o que este artigo do André me indica. Ao contrário do que a polémica do final de Mass Effect 3 possa ter dado a entender, os problemas do jogo não se resumem aos 25 minutos finais - eles começam logo nos primeiros minutos, e estendem-se ao longo de todo o jogo. Ao longo da parede de texto que se segue, irei abordar alguns dos mais pertinentes - amanhã dedicar-me-ei, uma vez mais, aos problemas subjacentes ao final em si e ao (possível) futuro da série. Antes de prosseguir, o clássico aviso de Spoilers. E, claro, de texto (muito) longo.

28 de agosto de 2012

Mass Effect 3: Leviathan DLC: Too little, too late

A BioWare disponibiliza hoje o primeiro DLC single-player pago para Mass Effect 3. Intitulado Leviathan, este DLC - aparentemente, da mesma dimensão de Lair of the Shadow Broker de Mass Effect 2 - introduz uma nova missão que permitirá a Shepard descobrir mais sobre as motivações dos Reapers e ganhar um invulgar aliado no combate pela Terra. Abaixo, o trailer:



É um bom trailer (como, de resto, os anteriores), mas, nesta altura do campeonato, é too little, too late. Bem ou mal, Mass Effect 3 encerra definitivamente a história iniciada em Mass Effect em 2007; acrescentar mais coisas na história a este ponto é um tanto ou quanto inconsequente pois para os jogadores a verdadeira história já acabou. É certo que a BioWare diz que Leviathan disponibliza mais um "War Asset" e acrescenta algo ao final, mas, com franqueza: durante quanto tempo vai a BioWare acrescentar coisas ao final sem perceber por que motivo o final é mau (independentemente do Extended Cut, que não salva coisa alguma). Mais: qual é o interesse de Leviathan dar um "War Asset" para a campanha single-player quando todos já sabemos que os "War Asset"s acabam por servir para nada? Poderia (eventualmente) ser interessante termos alguns DLC a contar o que se passou após a batalha na Terra e a morte de Shepard, mas dado o disparatado final, mesmo isso seria algo forçado.

Naturalmente, o DLC é pago mas não é obrigatório - só compra quem quer. No entanto, não deixa de ser curioso ver a BioWare a tentar salvar algo que só teria salvação se fosse reconstruído desde o início. 

23 de junho de 2012

Mass Effect 3: Extended Cut DLC confirmado

É oficial: a Bioware vai disponibilizar gratuitamente no próximo dia 26 de Junho, Terça-feira, o DLC Extended Cut para o Mass Effect 3, prometendo "clarificar" o polémico final através de cutscenes e epílogos adicionais. Será porventura a resposta possível da Bioware à enorme polémica que envolveu o final do terceiro título da série, uma cedência que muito provavelmente não vai ceder grande coisa. Resta saber se esta resposta será suficiente. Pessoalmente, duvido: os problemas narrativos dos momentos finais de Mass Effect 3 são demasiado vastos para serem resolvidos com algumas sequências de vídeo. Ross Lincoln, do GameFront, resume muito bem esta questão neste artigo

De qualquer maneira, a partir de Terça-feira ficaremos a saber se a polémica se reacende ou se acaba de vez.

22 de maio de 2012

Mass Effect 3: Lance Henriksen regressa ao estúdio

Lance Henriksen será (a par de Martin Sheen) um dos mais famosos actores a dar voz a uma personagem na série Mass Effect - e, de acordo com o Game Front, regressou aos estúdios, juntamente com outros actores, para dar voz ao "closure DLC" com o qual a Bioware e a Electronic Arts esperam acalmar a ira dos fãs e dar algum sentido lógico ao controverso final de Mass Effect 3. No rescaldo da polémica de Março, a Bioware prometeu conteúdos adicionais para "ajudar a esclarecer" o final do jogo (como se fosse esse o problema); e, de facto, o regresso de Henriksen e de outros actores pode indicar que se prepara algo mais do que um simples "esclarecimento" - pelo menos o Admiral Hackett irá ter mais algumas linhas. É esperar para ver. 

18 de abril de 2012

Public Relations Facepalm

São ainda necessárias provas de que os videojogos já saíram da sua redoma geek adquiriram um estatuto comparável a qualquer outra forma de entretenimento? Basta acompanharmos a cobertura que a edição on-line da Forbes (sim, essa Forbes) tem dado à polémica em redor do jogo Mass Effect 3. Desde o início que a publicação tem acompanhado o caso, e, surpreendentemente (ou não), com artigos de qualidade muito superior a muitos da imprensa especializada. Este último, sobre o aproveitamento da controvérsia do final do jogo para gerar um belo spin de relações públicas, não só consegue ser claro e directo, como tem também um tom irónico que é raro ao jornalismo - e que só o torna melhor:
One can’t help but wonder if this was done on purpose, just to needle all those “entitled” fans out there clamoring for a new ending. Tout the perfect scores, and then spin all the bad press over the series finale by saying that the game has “provoked a bigger fan reaction than any other videogame’s conclusion in the medium’s history.”
Isto é puro génio de Relações Públicas. Ou então é simplesmente descaramento.

Pelo meio, os (ir)responsáveis da Electronic Arts/Bioware ainda conseguiram meter o autor George R. R. Martin ao barulho - é o vale-tudo. Naturalmente, os comentários estão à altura. Ora vejamos:
"And as far as entitlements go, how about entitled to acclaim when you rush a product to completion while taking an artistic risk? If George Martin rushed the book and had a quick ending (magic skull kills all Others but also everyone under 5 feet tall), the fan rage would be just as loud, Entertainment Weekly would say everyone was entitled, and PR would say “don’t miss the most controversial book of the year.”
Touché. No meio desta polémica toda, só é pena que a Electronic Arts e a Bioware continuem sem perceber o que está realmente em causa.

5 de abril de 2012

Mass Effect 3: Bioware anuncia DLC gratuito para final polémico

Costuma dizer-se que "no meio é que está a virtude", e a Bioware e a Electronic Arts parecem estar a seguir essa política à risca durante a tempestade causada pelo (terrível) final de Mass Effect 3: a produtora da aclamada série anunciou o lançamento, durante o Verão, do DLC (Downloadable Content) "Extended Cut". De acordo com a notícia publicada no IGN, o DLC "Extended Cut" vai incluir novos epílogos e sequências de vídeo, dando aos fãs mais detalhes sobre o final. E, ao que parece, o DLC será gratuito. 

Boa política? Para muitos, será too little, too late: o final do jogo tem falhas mais graves do que os plot holes e a ridícula escolha da parte final do final, passe a redundância. Ainda assim, é mais ou menos inevitável, dado o barulho gerado e a dimensão da argolada da Bioware com aquele final. O GameFront, uma vez mais, sintetiza muito bem as armadilhas em que a produtora pode cair se tiver decidido dar aos fãs aquilo que eles querem sem realmente saber aquilo que eles querem. Infelizmente, e a avaliar pela notícia hoje divulgada, parece que é exactamente isso que a Bioware vai fazer. Veremos. 

29 de março de 2012

A consagração dos videojogos enquanto arte

Like it or not, the effort to convince BioWare to deliver a new ending for Mass Effect 3 isn’t simply an uprising of entitled fans – it is the natural outcome of a business model that encourages those fans to take part in the creative process at every step of the way. Far from a betrayal of BioWare’s artistic vision, changing the ending of Mass Effect 3 is in fact its apotheosis. It signals what might be the very thing that establishes gaming’s uniqueness. No film, no television show, no book could ever accomplish the same kind of long term relationship with the audience. That gaming has managed to do so is good not only for the consumer, as it frequently results in a more enjoyable, higher quality game, it’s good for art as well.

What’s interesting about this moment is that we’ve just spent the last 5 years arguing with each other about whether or not video games are even art, so it’s nice that we’ve apparently decided they are. It’s too bad this has happened in the service of naked elitism, but progress comes in tiny steps. But in the future, let’s try to remember that art is more than just a socially awkward genius alone in a room. That’s never more true than in gaming.

No matter how many socially awkward geniuses end up working in the industry.

Assim termina um artigo particularmente bom do Game Front a propósito do polémico final do Mass Effect 3, e da aparente decisão da produtora do jogo de fazer alterações no final. E é um excelente resumo sobre o que torna os videojogos em arte, e o que os distingue de outras formas de expressão artística (nomeadamente o cinema e a literatura).

25 de março de 2012

Mass Effect 3: Um final terrível para uma série brilhante

Ponto prévio a esta crítica ao final de Mass Effect 3 (e, para todos os efeitos, ao final de toda a série Mass Effect): para mim, um bom final não é um final feliz, mas um final coerente, com sentido - e, muitas vezes, essa coerência consegue-se com finais emocionalmente devastadores. Sou, por exemplo, um leitor ávido da série A Song of Ice and Fire, de Georgre R.R. Martin, e mesmo os momentos mais difíceis de digerir (Red Wedding - ou melhor, toda a segunda parte de A Storm of Swords, até ao brutal epílogo) fizeram sentido, e deram valor à obra no seu todo. Aquele que considero ser o melhor livro de ficção científica que já li, Childhood's End, de Arthur C. Clarke, tem um final tão poderoso que, após lê-lo, não me ocorreu nada para dizer sobre ele durante mais de duas horas. Tal como o final do filme Melancholia, de Lars Von Trier, de longe o melhor filme do ano passado (no momento em que o filme acabou, toda a gente que estava no cinema ficou em silêncio durante longos minutos, enquanto os créditos passavam - não se ouviu uma palavra, não se viu ninguém levantar-se e sair). Ou tal como The Children of Húrin, de Tolkien, com o seu final trágico e o epílogo ainda mais violento do ponto de vista emocional. Com Mass Effect 3, esperava algo do género - um final difícil de digerir, que envolvesse enormes sacrifícios, mas que fizesse sentido, fosse coerente com a narrativa em desenvolvimento ao longo de três grandes jogos, e que me permitisse dizer, algumas horas depois, que tinha sido extraordinário.

O que não esperava é que a Bioware - sobretudo depois dos finais de Mass Effect e Mass Effect 2, e de alguns momentos narrativos excepcionais em Mass Effect 3 (como as cenas de Tuchanka e Rannoch), puxasse da cartola o maior e mais literal deus ex machina que vi desde o final de The Matrix Revolutions, mas sem a coerência daquele (um dia destes explico porque gostei do final daquela trilogia), destruindo em dez minutos uma série de centenas de horas com plot holes e incoerências narrativas tão grandes que, por comparação, até fazem o início do filme Alien 3 parecer bom e coeso. Na parede de texto que se segue - repleta de spoilers - tentarei explicar, com base nas minhas percepções e em alguns textos e comentários que li pela Internet, os motivos pelos quais o final (ou os finais, se quiserem) de Mass Effect 3 não fazem de todo justiça a esta trilogia de excelentes videojogos.

14 de março de 2012

O Red Wedding de Shepard (ou: um bom final é um final bom?)

Parece que os fás de Mass Effect 3 estão furiosos com o final - ao ponto de estarem mesmo a constituir um movimento on-line para exigir à produtora do jogo um final alternativo. Exagerado? Sem dúvida - um dos traços mais marcantes do actual mundo on-line é, justamente, o exagero a que as pessoas se dão na crença de que é possível fazer movimentos com significado a partir do que quer que seja. Enfim, ainda nem vou a metade do jogo, pelo que é possível que, daqui a uma ou duas semanas, eu perceba que a coisa de facto não tem ponta por onde se lhe pegar e, de archote e forquilha em riste, me junte à turba. No entanto, e até ver, julgo que neste caso em particular talvez o efeito dacontestação seja exactamente o oposto daquele que os contestatários pretendem atingir. Tal como diz Ben Kuchera nesta análise no Penny Arcade (que não li na íntegra para não absorver demasiados spoilers),


Ora isto faz-me mesmo lembrar A Song of Ice and Fire, de George R.R. Martin, e a brutalidade que é para o leitor a passagem do Red Wedding, em A Storm of Swords. Há relatos de imensos leitores devastados com aquele momento (livros a ser atirados à parede e tal), que mais do que qualquer outro mostra quão diferente a obra de Martin é da generalidade da fantasia épica publicada. No clímax de alguns capítulos de angústia em crescendo, ao longo dos quais o leitor sente que alguma coisa está errada e que algo de terrível vai acontecer, o autor dá o golpe de mestre, na cena de particular violência (também emocional) a que designou de Red Wedding - um verdadeiro massacre que revela, ao mesmo tempo, que os "bons" não estão a salvo, que os "maus" podem mesmo cometer as maiores atrocidades e escapar incólumes (mesmo que temporariamente), e que o mundo pode de facto ser um lugar particularmente cruel.

Para que se note, e uma vez mais, ainda não cheguei ao final de Mass Effect 3 (longe disso; quando acabar, haverá review), apesar de alguns indícios que apanhei aqui e ali me levarem a suspeitar, com elevado grau de certeza, que a coisa vai ser mais próxima de um Red Wedding do que de um and they lived happily forever after. Força nisso. Há muito tempo que os videojogos deixaram de ser um meio menor; se um jogo conseguir fazer-me sentir algo idêntico ao que senti quando li a passagem do Red Wedding, ou o poderosíssimo final de Childhood's End, the Arthur C. Clarke, ficarei mais do que satisfeito.

27 de fevereiro de 2012

Mass Effect 3: Primeira impressão

Consegui finalmente testar a demo de Mass Effect 3. É certo que uma demo não é propriamente o mesmo que um jogo completo, mas dá para formar uma primeira impressão. E a primeira impressão é excelente (apesar de algumas mudanças desnecessárias nos controlos serem confusas ao início). Não fosse este ano - se não houver mais adiamentos, claro - a Blizzard ainda ir lançar o Diablo 3, e diria que Mass Effect 3 seria já o mais sério candidato ao título de videojogo do ano. Assim, espera-se pelo menos uma competição renhida.

Entretanto, e após uma votação online, a Bioware confirma que a versão feminina de Shepard é... ruiva. Enfim, mais uma ginger badass a figurar no hall of fame dos videojogos, juntamente com a insuperável Sarah Kerrigan. 

20 de fevereiro de 2012

Mass Effect 3: Take Earth Back (Trailer)



Mass Effect 3, o terceiro capítulo de uma das séries de jogos mais aclamadas dos últimos anos, estará nas lojas a 6 de Março. Este é o mais recente trailer: Take Earth Back

8 de fevereiro de 2012

O regresso de Shepard

Mass Effect 3, um dos jogos mais aguardados do ano, estará nas lojas a 6 de Março (a demo poderá ser descarregada a 14 de Fevereiro). Este será o terceiro capítulo desta extraordinária série de action role-play de ficção científica. Nele, acompanharemos o (neste caso, a) comandante Shepard e a tripulação da nave Normandy em mais uma aventura para salvar as civilizações galácticas dos "Reapers" - ou para morrer a tentar, pois aparentemente a Bioware confirmou que determinadas escolhas no percurso do jogo podem conduzir à vitória não da Aliança, mas dos "Reapers". Desta vez, a Terra está a ser invadida, pelo que é de esperar algumas batalhas pela salvação do planeta.

Uma vez que a Blizzard voltou a escorregar na data de lançamento do Diablo 3 (para variar), parece-me que em Março voltarei a comprar um jogo na sua estreia. A verdade é que após ter jogado, há um par de meses, Mass Effect e Mass Effect 2, as expectativas são muito elevadas - mesmo que algumas notícias tenham o condão de me aborrecer solenemente.