Há um ano, com a morte de Frederik Pohl aos 93 anos de idade a ficção científica literária perdeu um dos seus mais relevantes vultos. Ao longo das sete décadas que a sua carreira atravessou no género, Pohl fez praticamente tudo aquilo que é possível fazer. Começou com uma relevante actividade de fã ainda durante a "Golden Age", tendo fundado o grupo nova-iorquino conhecido como "Futurians" (juntamente com Isaac Asimov, Damon Knight, Judith Merrill, Virginia Kidd, James Blish e Cyril M. Kornbluth, entre outros). Foi editor de revistas pulp, publicou crítica, foi agente literário - e, de caminho, ainda deixou como legado alguns clássicos da ficção científica. Em The Space Merchants, escrito a meias com Kornbluth, desenvolveu uma sátira publicitária em tons de distopia; em Gateway, dá início ao universo ficcional Heechee com um romance fascinante, vencedor dos principais galardões do género (Hugo, Nebula, Locus). A sua bibliografia inclui ainda obras como Man Plus e Jem, e as suas colaborações literárias não ficaram limitadas ao seu amigo Kornbluth: também escreveu romances a meias com Jack Williamson e Arthur C. Clarke. The Way the Future Blogs, o seu blogue pessoal, foi actualizado com regularidade até às vésperas da sua morte - e em 2010 valeu-lhe mesmo um prémio Hugo na categoria de "Best Fan Writer".
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