Amanhã à noite serão entregues na Worldcon 2014 em Londres os prémios Hugo, distinguindo a melhor ficção científica do ano passado - com o já icónico troféu em forma de foguetão a ser atribuído em honra de Hugo Gernsback, o inventor norte-americano de origem luxemburguesa que em 1926 fundou a Amazing Stories. E a importância deste projecto não pode ser menosprezada: na qualidade de primeira revista dedicada inteiramente à ficção científica, lançou as bases do género literário enquanto tal ao dar origem a um mercado que floresceu nos anos que se seguiriam, e ao lançar alguns dos mais consagrados autores que a ficção científica já conheceu (como Isaac Asimov, Ursula K. Le Guin e Roger Zelazny, entre outros). E também - sobretudo, dirão alguns - por ser nas páginas daquela revista inovadora que o fandom teve o seu início, através da secção de cartas dos leitores que está na origem da noção de comunidade em redor da ficção científica.
A partir da fundação da Amazing Stories, Gernsback esteve quase sempre ligado à área editorial no género. Wonder Stories e Science-Fiction Plus são alguns dos títulos que fundou. Antes disso, desenvolveu uma actividade também relevante como inventor, sobretudo na área das transmissões de rádio (à época ainda a dar os primeiros passos). A sua primeira experiência editorial advém desses anos nas primeiras décadas do século XX.
Hugo Gernsback nasceu a 16 de Agosto de 1884 em Bonnevoie, no Luxemburgo (há 130 anos), e faleceu a 19 de Agosto de 1967 em Manhattan, nos Estados Unidos.
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