Flowers for Algernon esteve longe de ser o único conto ou romance publicado por Daniel Keyes. Se o tivesse sido, porém, continuaria a ser um legado espantoso: um texto singular na ficção científica literária, originalmente um conto publicado nas páginas da revista The Magazine of Fantasy & Science Fiction em 1959, e sete anos mais tarde um romance - ambos vencedores do Prémio Hugo nas respectivas categorias. Um texto extraordinário narrado numa primeira pessoa única na ficção científica (possivelmente na literatura): Charlie, um jovem com um atraso mental que sonha ser inteligente para poder conversar com as pessoas que o rodeiam - e que aceita submeter-se a uma experiência inovadora, que mostrou resultados promissores no ratinho Algernon. Mas o seu súbito crescimento intelectual não é acompanhado por uma evolução emocional simétrica; e a sua recém-adquirida inteligência fá-lo ver um mundo radicalmente diferente daquele que percebia na sua vida simples de outrora. Flowers for Algernon foi adaptado ao cinema em 1969 no filme Charly, de Ralph Nelson - e valeu um Óscar da Academia a Cliff Robertson pelo seu desempenho no papel de Charlie.
Na bibliografia de Daniel Keyes encontramos ainda romances como The Touch (1968), The Fifth Sally (1980) e The Asylum Prophecies (2009), entre outros. Na memória, porém, perdurará Algernon. Nascido a 9 de Agosto de 1927 em Nova Iorque, Daniel Keyes faleceu no passado dia 15 de Junho, aos 86 anos.
Fonte: Tor.com
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