O cinema de ficção científica ficou hoje um pouco menos assustador. Morreu H. R. Giger, o artista plástico que criou aquela que será porventura a mais icónica e assustadora criatura do cruzamento entre a ficção científica e o horror: o xenomorph que Ridley Scott apresentou em 1979 no extraordinário Alien e que James Cameron multiplicou em 1986 na sequela Aliens. Natural de Chur, na Suíça, Giger notabilizou-se pelas suas criações surreais, pela estética que funde elementos biológicos a mecânicos, e pela composição erótica de muitas das suas peças. Recebeu um Óscar da Academia pelo seu trabalho nos efeitos visuais de Alien, e trabalhou nos restantes filmes da franchise (Alien 3, Alien Resurrection e Prometheus); integrou a equipa de Alejandro Jodorowski para ambicioso e inacabado Dune; e colaborou com inúmeros artistas noutras áreas, como na música, onde ilustrou capas de discos, criou cenários para espectáculos e trabalhou em videoclips.
2 comentários:
Não sabia e tenho pena. O único artista capaz de produzir obras de cariz verdadeiramente alienígena, ideal para ilustrar cenários futuristas; perturbadoras e fascinantes na sua beleza grotesca.
Se calhar ele era mesmo um alien preso na terra, à semelhança de David Bowie no Man who fell to Earth (1976), condenado a recriar as memórias de casa através da sua arte.
Excelente possibilidade, Fryedrake.
(e comentário certeiro quanto a H. R. Giger; não o diria melhor)
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