No blogue de gaming da Forbes, Erik Kain pergunta: estará na altura de deixarmos a visão de Peter Jackson da Terra Média de Tolkien para trás? Sim. E repito: sim. O trabalho do neozelandês na adaptação cinematográfica da trilogia The Lord of the Rings foi notável a todos os níveis (já aqui o defendi várias vezes), mas a verdade é que a iconografia dos três filmes tornou-se praticamente na imagem "oficial" daquele universo ficcional (para além de The Hobbit já acusar o desgaste em demasia). Kain coloca bem a questão: está na altura de dar a oportunidade a outras interpretações, se possível mais próximas da fonte. Uma tarefa sem dúvida hercúlea - tal como os três livros originais de Tolkien projectaram uma vasta sombra sobre toda a fantasia literária durante anos, é bem possível que a visão de Jackson condicione quaisquer adaptações audiovisuais da Terra Média.
No Tor.com, Leah Schnelbach desmonta o extraordinário Groundhog Day nos seus vários elementos constituintes - e mostra como consegue subverter todos os géneros dos quais retira ideias e influências. A análise de Schnelbach é detalhada e inteligente, analisando todas as peças que fazem desta comédia romântica com Bill Murray e Andie MacDowell um filme especialmente difícil de caracterizar - mas inesquecível tanto na sua premissa como na forma irrepreensível com que a executa e a leva às últimas consequências.
Na Kirkus Reviews, Andrew Liptak (do SF Signal) recorda Arthur C. Clarke - o cientista e o escritor. Qualquer dia é um bom dia para recordar Clarke, e Liptak fá-lo de forma tão sucinta como completa: da sua descoberta do género à sua carreira científica e do desenvolvimento da teoria que possibilitaria a utilização de satélites geoestacionários; da influência de Olaf Stapledon à parceria com Stanley Kubrick para 2001: A Space Odyssey, clássico maior do cinema de ficção científica (e não só).
Dose dupla da Telltale Games: Segundo episódio de The Wolf Among Us com lançamento previsto para os próximos dias; e segundo episódio da segunda temporada de The Walking Dead, ainda sem título, anunciado "para breve". (via Polygon)
Ao que parece, Duke Nukem está de volta - e desta vez em formato de action role-play. Depois do fiasco de Duke Nukem Forever, as expectativas não são elevadas; mas talvez saia daqui algo interessante. Só é pena que a equipa da Interceptor tenha deixado em águas de bacalhau o seu projecto de actualização do vetusto Duke Nukem 3D. (via Rock, Paper, Shotgun)
2 comentários:
por outro lado o sucesso da iconografia do jackson está no ele ter raptado a iconografia original das ilustrações. vai directamente à imagem mental originalmente criada, e isso é difícil de bater...
bem caçada, a do groundhog day. e sobre o duke nukem, só digo uma coisa: you'd think they'd learn ;)
Ele "raptou" mas a iconografia das ilustrações do Alan Lee e do John Howe, que não é exactamente a mesma coisa :) Mas sim, a estética que criou será difícil de superar, sobretudo quando chegamos a duas personagens: Treebeard e Gollum.
Quanto ao Duke Nukem, bom, há sempre esperança de que surja algo interessante. Se bem que duvide de que os dias que correm sejam os mais adequados para aquela personagem.
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