Não, isto não será um longo ensaio sobre o humor na ficção científica - apenas uma curiosidade na qual tropecei enquanto procurava alguma coisa para publicar aqui no blogue hoje (em época de Natal tudo fica tão parado). Quando falamos de humor nos géneros do fantástico será difícil não referirmos, quase de imediato, de Douglas Adams e de Terry Pratchett. Adams introduziu o humor non-sense britânico, algo ao estilo de Monty Python (com quem colaborou, aliás) numa das mais aclamadas séries literárias de ficção científica: The Hitchhiker's Guide to the Galaxy. Pratchett, por seu lado, criou em Discworld um vasto universo satírico onde nada - mesmo nada - escapa à sua inteligente e hilariante paródia.
O que é curioso tanto em Adams como em Pratchett é a forma como, em ambas as séries (para ser mais preciso, em The Hitchhiker's Guide to the Galaxy e The Light Fantastic, respectivamente), definem o Espaço. Como disse Douglas Adams numa das mais célebres citações do livro,
Space is big. Really big. You just won't believe how vastly hugely mind-bogglingly big it is. I mean, you may think it's a long way down the road to the chemist, but that's just peanuts to space.
É bem visto. Pratchett, porém, dá uma opinião um tanto ou quanto diferente - e não menos válida:
A shadow starts to blot out the distant glitter, and it is blacker than space itself.From here it also looks a great deal bigger, because space is not really big, it is simply somewhere to be big in. Planets are big, but planets are meant to be big and there is nothing clever about being the right size.
Considerando que The Hitchhiker's Guide to the Galaxy foi publicado em 1979 e The Light Fantastic em 1986, não me surpreenderia que a frase de Pratchett fosse uma resposta à de Adams (aliás, se não é, parece).
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